Depois de quase 20 anos de construção, a Igreja Matriz de Itanhandu foi concluída no início da década de 1960(Padre da época,Dom José Costa Campos). A bela e imponente construção fica na área central do município e reserva aos visitantes e moradores a apreciação da convivência estética dos estilos moderno e romano. Com belos vitrais, doados por diversas famílias, os quais colorem as três naves por meio dos raios de sol, e com algumas peças da antiga igreja conservada em seu interior, a história da religiosidade do povo local ficou assim preservada.
Praça Prefeito Amador Guedes
A praça central de Itanhandu está localizada em frente à Igreja Matriz. Segundo Padre Antonil, no livro CULTURA E OPULÊNCIA DO BRASIL (1711), os bandeirantes, no século XVII, passavam pelo município, parando na Estalagem do Rio Verde, um ponto de venda e pouso, junto à sede da Fazenda do Rio Verde. Esta propriedade, juntamente com a Fazenda da Barra, deu o primeiro nome ao povoado: Barra do Rio Verde. Neste local, foi construída a primeira praça da cidade, que tinha o nome de Getulio Vargas e a forma triangular. Em 1953, o Sr. Benedito Lázaro Ribeiro, conhecido como Seu Bibi, fez o projeto da atual Praça Prefeito Amador Guedes, com o formato estilizado do corpo do violão, cujo braço é complementado pelos canteiros laterais da Igreja Matriz. A praça é uma autêntica homenagem aos músicos da época, dentre os quais se encontrava o próprio Bibi, que tocava em um grupo musical da cidade.
Local da antiga sede da Fazenda da Barra (casa do Dinho)
No século XVIII, o proprietário da Fazenda da Barra já comerciava à margem do Caminho Velho da Estrada Real, no alto perto do atual hospital de Itanhandu e do vau do Rio Verde, por onde passavam os bandeirantes. No século XIX, a fazenda continuou com sua atividade comercial, atendendo os moradores locais e viajantes. Seu Manoel da Barra construiu uma nova casa e manteve ali um próspero negócio, concorrendo com a sede do distrito, Capivari. Atualmente, o local é residência e oficina do Dinho.
Estação das Artes (antiga estação ferroviária)
A Estrada de Ferro Minas e Rio originou-se de uma concessão, feita pelo Imperador, em 1875, ao Brigadeiro José Vieira Couto do Magalhães e ao Visconde de Mauá. O projeto inicial tinha o nome de Estrada de Ferro Rio Verde. A ferrovia foi inaugurada, em 1884, por Dom Pedro II. A estação de Itanhandu recebeu o nome de Estação de Capivari, recebendo o nome do distrito a que pertencia. Somente em 1904, ganhou o nome de Itanhandu, juntamente com seu povoado. Na década de 1940, sofreu um incêndio e foi totalmente reconstruída. Atualmente, no local, funcionam lojas de artesanato e o Café Caipira.
Antigo Viaduto
O viaduto foi construído pelo Cel. Batista Scarpa, para as pessoas atravessarem da área central do município em direção ao bairro da Vila Carneiro e vice-versa. Assim a população podia evitar o movimento dos trens, que não só passavam, mas esperavam os embarques e desembarques de pessoas e mercadorias.
Pontilhão da estrada de ferro
No início da década de 1880, quando a Estrada de Ferro Minas & Rio atingiu o território mineiro, o empreendimento trouxe para Itanhandu diversas famílias que aqui se fixaram. Muitos construtores e trabalhadores continuaram trabalhando para a ferrovia e outros conseguiram novos empregos na região.
Praça da Magnólia (Chico Cascateiro)
A Praça da Magnólia foi idealizada pelo Sr. Joaquim Figueiredo, com a finalidade de receber, em frente ao seu comércio de fumo, que fora outrora uma fábrica de bebidas, seus amigos para jogar cartas e prosear nos finais de tarde. A construção foi empreendida, em 1918, pelo escultor português Chico Cascateiro, que deixou sua marca em algumas cidades da região. O artista trabalhava com argamassa, fazendo bancos, mesas e outros objetos, com forma de troncos de árvores e bambus.
Campo de aviação da Revolução de 1932
O Capitão Rocha Lima, acompanhado de autoridades itanhanduenses e populares, vistoria o campo de aviação durante a Revolução de 1932. Hoje, no local, encontra-se a cerâmica desativada de Itanhandu, que produzia telhas e tijolos, sob a direção da família Guedes e, posteriormente, da família Costa. Dali, decolavam os aviões mineiros, conhecidos pelos paulistas como “vermelhinhos”, para espionar as posições das tropas inimigas.
Primeiro conjunto habitacional de Itanhandu
Na década de 1920, com a vinda para Itanhandu da indústria de transformação de leite Vigor, viu-se necessário a construção de casas para os trabalhadores italianos, suíços, alemães e austríacos. Destacamos algumas famílias que vieram trabalhar na Vigor: Greca, Tavolaro, Contatore (italianas), Schultz e Shimmelpfeng (germânicas). O construtor foi José Martins Shimmelpfeng e o conjunto era conhecido casinhas do Shimmelpfeng. A Vigor localiza-se na rua Cel. ÁrthurTibúrcio. Uma parte foi transformada em depósito e a outra está em ruínas.
Fundação Itanhanduense de Educação e Cultura Dilza Pinho Nilo
A Fundação Itanhanduense foi construída pelas Irmãs Vicentinas para ser a sede do Colégio Coração Eucarístico. A Escola, que tinha externato e internato, assimilou o curso Normal do Ginásio Sul-Mineiro. Em 1969, o Grêmio Literário e Estudantil Coração Eucarístico criou o Festival da Música de Itanhandu. Os alunos se inspiraram nos grandes festivais da Record. Atualmente, a Fundação Itanhanduense é a promotora do tradicional evento, abriga a Biblioteca Municipal “Professor Brito”, disponibiliza o Salão Nobre para peças teatrais, eventos e conferências, e mantém instituições escolares, de ensino fundamental, médio, técnico e superior, bem como cursos de dança, capoeira, música, esportes, teatro, dentre outros, em suas instalações.
Fonte: Secretaria de Turismo de Itanhandu
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