quinta-feira, 28 de março de 2013

terça-feira, 26 de março de 2013

Cartas aos jovens

Os alunos da Escola Municipal "Dona Nenem Garcia", 
produziram cartas aos jovens do mundo pedindo que cuidem desse bem tão precioso que é a água.

Itanhandu, 14 de março de 2013
Prezado jovem,
          Queria que preservasse a água que é uma coisa muito importante. A água é um ouro lá no Nordeste, porque chove muito pouco lá. Mas tem muitas pessoas que nem ligam para água. Tem gente que pega um copo cheio de água, bebe  só a metade e joga fora. Essa pessoa não sabe o desperdício que isso faz. Se não tivesse água as plantas não iam crescer e iam morrer. Nós também morreríamos porque não teríamos água para beber, nem comida para comer e nosso planeta não seria mais chamado de planeta azul. Por isso, prezado leitor, cuide e não desperdice a nossa e de todo mundo, a nossa querida água.
Um beijo
Dharana Monteiro Gonçalves

Itanhandu, 13 de março de 2013
Prezado jovem,
                Venho te pedir que cuide bem da água de sua casa porque ela é muito importante para a nossa vida. Você sabe que lá no Nordeste não há muita água? Se você ficar gastando muita água, ela pode até acabar. Você não quer que a água da sua casa acabe, né? Então evite ficar gastando água à toa como por exemplo: demorar no banho, deixar a torneira aberta, etc., também é importante beber bastante água, mas não muita água.
                Você sabe que existe água doce e salgada? Então, a água doce é a que nós temos em casa e a salgada é a que encontramos no mar. Tem algumas pessoas que não tem água. Então elas vão buscá-la a quilômetros de distâncias de suas casas, para dar às crianças, aos animais e bichos de estimação o pior é que elas vão buscar água no sol muito quente. Você não quer que aconteça conosco, né? Você sabia que se todos nós gastarmos toda a água, ela pode acabar? Então não gaste muita água.
Muito obrigada!
Beijos e abraços!
Bruna Sales Souza.

Itanhandu, 13 de março de 2013
Prezado jovem,
          Eu te dirijo essa carta pedindo, por favor, para que não destrua a água porque outras pessoas precisam de uma miséria, de um pouco de água e não acham, não encontram nem comprando muito caro. O jeito que tem de sobrar água é cobrar de gente que destrói.
          Outras pessoas estão precisando de um pouco de água e estão quase morrendo de sede, então o caminhão-pipa leva água para essas pessoas.
Muito obrigado pela compreensão.
                                                                                                                                                                                Samara Santos 

sexta-feira, 22 de março de 2013

22 de março - Dia Mundial da Água



 O Dia Mundial da Água foi criado pela ONU (Organização das Nações Unidas) no dia 22 de março de 1992. O dia 22 de março, de cada ano, é destinado a discussão sobre os diversos temas relacionadas a este importante bem natural.

 Importância da água
Praticamente todas as atividades do cotidiano evolvem a água, a higiene pessoal e do ambiente em que vivemos é um exemplo disso. A preparação de grande parte de alimentos também exige água, aliás, se não fosse a água, muitos alimentos importantes como frutas e verduras, não existiriam, pois dependem da água para seu crescimento. Assim, é impossível imaginar o planeta Terra sem a água!
Outro fator que mostra a importância da água é o fato do nosso corpo ser formado por 70% de água... Dá para acreditar? A água em nosso organismo tem dois papéis importantíssimos: participar do metabolismo, ou seja das reações químicas que ocorrem no organismo e controlar a temperatura, assim, através do suor há perda de calor e nosso corpo “esfria”, controlando a temperatura.
 
Algumas dicas para cuidar da água de nosso planeta:
 ☼ Um banho de 15 minutos gasta, em média, 130 litros de água! O pior é que no Brasil o recordista de consumo de água é justamente o banho! Para reverter esse quadro tente diminuir o tempo do banho e ainda fechar a torneira enquanto está se ensaboando;
Na hora de escovar os dentes, nada de deixar a torneira aberta. Com essa atitude você economiza no mínimo 10 litros de água!
Na hora de lavar roupa o ideal é deixar acumular peças e lavar tudo de uma vez;
Para lavar louça o ideal é ensaboar tudo o que for lavar com a torneira fechada, só abrindo na hora de enxaguar;
☼Nada de lavar o carro ou a calçada com mangueira, pois o desperdício é maior;
Regular a válvula de descarga é sempre adequado para não precisar ficar apertando muito, o que gera desperdício;
☼ Nunca deixe torneiras pingando ou canos furados, fazendo apenas "remendos", esses são fatores que provocam desperdício em longo prazo.
Se cada um fizer sua parte através dessas ações simples, pode ter certeza que muita coisa pode mudar no planeta!
 Curiosidades
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 80% dos casos de doenças no mundo resultam da ingestão de água contaminada, com mais de 25 tipos diferentes de enfermidades.
 A importância da Água para o Homem!
 
Fontes: http://www.smartkids.com.br/especiais/agua.html
http://vocerealmentesabia.com

sábado, 16 de março de 2013

sexta-feira, 15 de março de 2013

Semana Nacional de "Saúde na Escola"

Nesta semana, a Escola Municipal "D. Nenem Garcia" desenvolveu um projeto de saúde na escola. Como culminância do projeto, foram apresentados cartazes produzidos pelos alunos.


1º ano 
Tema: Higiene
Prof(a) Gisele



1º ano 
Tema: Higiene
Prof(a) Eveliny





2º ano 
Tema: Piolho
Prof(a) Diana



2º ano 
Tema: Piolho
Prof(a) Jaira



3º ano 
Tema: Alimentação
Prof(a) Jacqueline






3º ano 
Tema: Alimentação
Prof(a) Fátima






3º ano 
Tema: Alimentação
Prof(a) Regiane





4º ano 
Tema: Doenças
Prof(a) Gisele








4º ano 
Tema: Doenças
Prof(a) Gilberta






















quinta-feira, 14 de março de 2013

"Câmera fotográfica" ou "Câmara fotográfica"












Segundo o professor de língua portuguesa Pasquale Cipro Neto o que importa é o talento do fotógrafo, que pode valer-se de uma "câmera" ou de uma "câmara". As duas palavras têm registro e podem ser usadas para nomear qualquer aparelho destinado a gravar imagens: fotos,filmagens, etc.  

FONTE: Livro: Nossa Língua Curiosa/
Autor: Pasquale Cipro Neto

quarta-feira, 13 de março de 2013

Produção de texto - 5º ano

Sonho ou verdade?



            Eu vivia triste, quando vi uma estrela cadente e fiz um pedido mais rápido que podia!
            No dia seguinte, esperei, esperei e nada. No outro dia imaginei: se não aconteceu ontem, nem antes de ontem, nunca vai acontecer. De um segundo para outro aconteceu! Veio um foguete do espaço e disse:
            - Vamos, suba em mim!
            E fomos. Conheci galáxias, as estrelas, tinha a lua, a Terra, e também escorreguei nos anéis de Saturno!
            Mas no fim, descobri que era apenas um sonho!

Autora: Maysa Alexia Gonçalves
5º ano – E.M. “Dona Nenem Garcia”



Sonho ou verdade?

Em um belo dia de sol escaldante consegui acabar minha invenção. Era um belo foguete Muntac, rápido igual um flash.
            No outro dia, chegou minha irmã, que estava em outro país. Pedi a ela que me ajudasse a testar o foguete e ela disse que ia ser perigoso, mas aceitou.
Coloquei uma câmara no foguete e paraquedas e ela foi. Quando chegou no espaço ela ficou impressionada com tanta belezura. Pedi para ela, pela câmara, que filmasse tudo e ela disse que o aparelho estava fraco. Ela chegou à lua e ficou uns dois minutos.
            Quando ela chegou em casa me disse que viu maravilhas e o foguete era muito bom e me deu parabéns.
            Começou uma nova amizade entre irmãos.

Autor: Matheus Pinto Ribeiro
5º ano – E.M. “Dona Nenem Garcia”

terça-feira, 12 de março de 2013

12 de março - Dia do bibliotecário


 
tela "Arte de Viver", da artista Lourdes Battarce Moreira


ORIGEM DO DIA DO BIBLIOTECÁRIO
     O Dia do Bibliotecário é comemorado no dia 12 de março, porque era a data do nascimento do bibliotecário Manuel Bastos Tigre, que foi considerado o primeiro bibliotecário concursado do Brasil.
     Manuel Tigre Transferido trabalhou durante muitos anos na  Biblioteca Central da Universidade do Brasil, na qual trabalhou e depois tornou-se Diretor, mesmo depois de aposentado.
               

O QUE FAZ UM BIBLIOTECÁRIO?

     O trabalho em qualquer biblioteca (do seu bairro, da escola, da universidade - por exemplo), requer muitas outras atividades que fazem do bibliotecário um administrador: gerenciar a equipe da biblioteca e os trabalhos que envolvem a organização e disseminação do acervo (seleção, aquisição, catalogação, classificação, indexação, serviço de atendimento, etc.), implementar e gerenciar os sistemas de informação, entre outras atividades.
     Mas o universo do bibliotecário não se restringe apenas aos livros, revistas e outros materiais das bibliotecas tradicionais há tempos.
    Com o rápido desenvolvimento das tecnologias de informação e comunicação, nos vemos cercados de informações por todos os lados, através de milhares de livros e textos, artigos de revistas e jornais, músicas, websites, filmes, vídeos, anúncios publicitários, noticiários, e-mails, imagens, dados estatísticos, etc., que fazem parte do nosso dia-a-dia no trabalho, nos estudos e no lazer.


    Você já deve ter ouvido falar que estamos vivendo a Sociedade do Conhecimento, onde o conhecimento e a inovação são os bens mais valorizados, até mesmo em termos econômicos. Mas não significa que receber muitas informações seja adquirir conhecimento, pois ele só se constrói quando nos utilizamos das informações para compreender algo e as aplicamos de algum modo. Com tanta oferta de informação em nosso cotidiano, percebeu-se a necessidade de focar no que os estudiosos chamam de "competência em informação" (information literacy), ou seja, na capacidade de saber selecionar, interpretar, analisar e utilizar a informação mais adequada para determinada necessidade. Assim, o bibliotecário, pela sua formação e experiência profissional, acaba sendo fundamental na promoção da competência em informação, atuando nos lugares onde é preciso organizar a informação (independente de onde ela esteja) e facilitar o seu acesso aos usuários.

FICA A DICA:
     NO SITE DO DOMÍNIO PÚBLICO É POSSÍVEL BAIXAR 
LIVROS INFANTIS GRATUITOS.        
http://portaldoslivrosdedominiopublico.blogspot.com.br


FONTES: http://www.calendarr.com/brasil/dia-do-bibliotecario/
http://www.bibliotecavirtual.sp.gov.br

domingo, 10 de março de 2013


Delia Lerner: "É preciso dar sentido à leitura"
Segundo a educadora argentina, o conhecimento acumulado desde os anos 1970 permite ao professor reformular conceitos e práticas para formar leitores de verdade


Uma série de pesquisas científicas feitas nos últimos 35 anos provocou alterações radicais no conhecimento da aquisição da leitura e da escrita pelas crianças. Em consequência, mudaram as concepções do ensino de língua e de alfabetização e também o modo de abordar esses conteúdos.
Entre os especialistas no assunto, a educadora argentina Delia Lerner se destaca pela atuação abrangente e intensa em termos científicos e práticos. Ela assessora órgãos governamentais e instituições particulares na Espanha e em vários países da América Latina.
Professora de graduação e de mestrado nas universidades de Buenos Aires e La Plata, Delia trabalha ainda numa escola de nível fundamental - que considera seu "melhor laboratório" - e é consultora de diversos projetos. No Brasil, participa do programa Escola que Vale, do Centro de Educação e Documentação para Ação Comunitária (Cedac), em São Paulo, e aconselha o Ministério da Educação nas áreas de alfabetização, currículos e livros didáticos.
Seu campo de atuação estende-se também à didática da Matemática. "Quando dá tempo, eu escrevo", completa Delia, que tem vários livros publicados no Brasil. A seguir, ela fala sobre o ensino de leitura e escrita, os equívocos mais comuns na área e a formação de professores.
Por que tem sido tão difícil formar leitores na América Latina?
DELIA LERNER  A dificuldade não se limita a esta ou aquela região. Na América Latina, sobretudo nos setores mais pobres, a tarefa fica muito a cargo da escola, o que a torna mais complexa. Isso porque há muitas tensões vinculadas ao tempo disponível para ensinar e também ao entendimento sobre o que é formar leitores. Tradicionalmente as escolas consideram que o objeto de ensino não é leitura e escrita, mas a língua. Entre esses dois objetivos existem diferenças. Quando se concebe que o tema é a língua, os conteúdos prioritários são os descritivos, principalmente a gramática e a ortografia. Mas, se o objeto fundamental são as práticas de leitura e escrita, a língua passa a ser incluída num assunto maior, em que não é tão fácil determinar a ordem dos conteúdos, como ocorre com a gramática.

O processo de formação de leitores deve começar com a alfabetização?
DELIA
  As duas coisas não se distinguem. A participação na cultura escrita deveria começar muito antes de concluída a aprendizagem da própria escrita. As crianças cujos pais  leem histórias para elas ou que presenciam comentários sobre notícias de jornal estão aprendendo muito sobre linguagem escrita. Para isso não faz falta saber ler e escrever no sentido convencional. Ao adotar uma perspectiva global, o conhecimento se aprofunda.

Só que essa convivência inicial com a leitura não existe nos setores mais
pobres...
DELIA
  Normalmente, é isso o que ocorre, mas não é a regra. Eu trabalho em bairros de periferia na Venezuela e conheci famílias que leem assiduamente. Lembro de uma menina que chegou à 1ª série muito avançada na construção do sistema de escrita. O que acontecia: sua mãe é cabeleireira, levava para casa revistas para aprender novos penteados e as compartilhava com a garota. Portanto, o contato pode ser maior ou menor com certos materiais, mas existe. Só que a escola é uma instituição cujas expectativas estão modeladas à imagem e semelhança da classe média para cima. Estou de acordo com isso, porque creio que uma de suas funções é democratizar a cultura dominante. Se, assim que entram na creche, as crianças ouvem a leitura de diferentes materiais, conseguem ingressar na escrita dominante desde pequenas.
Até que ponto o aprendizado é melhor se a escolarização começa mais cedo? 
DELIA  Antes se pensava que, para conhecer as histórias infantis, era preciso saber ler. A escola deve começar a ler para os alunos o mais cedo possível. Para os de família de baixa renda, está a cargo do professor provocar situações desse tipo, de que os outros dispõem desde que nascem. Isso não significa antecipar a exigência de que saibam ler e escrever. O sistema escolar tem um limite tênue entre dar oportunidades de aprender certos conteúdos e cobrar seu conhecimento. 

De que forma os conhecimentos científicos das últimas décadas mudaram o conceito de leitura? 
DELIA
  Em minha história, tudo começou com os estudos de Emilia Ferreiro sobre a psicogênese da língua escrita, que mostraram o processo de aquisição de conhecimento como um conjunto de problemas cognitivos - e não somente uma técnica. Em relação às práticas sociais, foram fundamentais os estudos em História, Sociologia e Antropologia e autores como Roger Chartier e Jean Hébrard. Investigações psicolinguísticas, desde os anos 1970, mostram que não se lê letra por letra, que a leitura implica uma construção de significados e que eles não estão no texto, mas são construídos pelo leitor. Tudo isso começou a abrir a possibilidade de conceituar de outra maneira o objeto de ensino e a participação dos sujeitos na apropriação dessas práticas. 

Que tipo de atividade favorece a apropriação de significado? 
DELIA
  Temos construído situações didáticas, como os projetos de produção e interpretação dirigidos a um fim. Por exemplo: uma antologia de contos fantásticos da literatura inglesa do século 19. Os alunos leem para escolher, algo que normalmente não se faz na escola. Ou então o professor propõe a composição de um texto sobre um conteúdo, o que implica um trabalho de aprendizado e de seleção, tendo em vista que o produto final será afixado no mural ou publicado num site da internet. Isso restitui os propósitos comunicativos da leitura e da escrita, sem abrir mão da finalidade didática. 

O que são práticas sociais de leitura? 
DELIA
  Em nossas sociedades, ainda que não fisicamente, existem comunidades de leitores. Cada um de nós pertence a várias delas, de um jornal diário, de um determinado autor etc. Nessas comunidades, há questões que são práticas sociais e não só de cada um. É o que chamamos de comportamentos leitores: comentar livros, discutir o sentido de um trecho, interpretá-lo, indicar textos que são importantes para nós, consumir resenhas e informações sobre literatura. 

Em que sentido a escola cumpre esse papel? 
DELIA
  Em muitos casos, o enfoque se distancia das práticas sociais de leitura. Fora da escola, lê-se para aprender a fazer certas coisas ou saber algo sobre um assunto de interesse ou inteirar-se sobre os acontecimentos. No caso da literatura, pode-se dizer que se lê para entrar num outro mundo possível. Na escola, costuma-se ler para aprender, e só. Pode ser que as crianças, sobretudo as que provêm de meios sociais onde não se produzem leitores, aprendam como se faz, mas não para quê. Nesse caso, terão dificuldade em ver sentido na leitura.
É possível formar uma comunidade de leitores dentro da própria escola? 
DELIA  É desejável que a escola se abra ao exterior. Eu participei de uma experiência em que se instalou um quiosque no pátio, com material para os pais, numa região em que havia muitas pessoas supostamente analfabetas. Houve um movimento muito forte de procura por material instrutivo sobre diferentes profissões: mecânicos, costureiras etc. Em Buenos Aires, um diretor atraiu a comunidade com um programa semanal de leitura para visitantes. 

A organização teórica das situações didáticas não conflita com a 
imprevisibilidade dos acontecimentos na sala de aula? 
DELIA
  Faço uma pergunta parecida. O conhecimento sobre doenças tira dos médicos  a flexibilidade para fazer diagnósticos e definir que medicamentos indicar a um paciente? É a mesma coisa. O conhecimento didático nunca vai abranger tudo o que pode acontecer durante o ensino e a aprendizagem. Trata-se de entender as variáveis que estão implicadas numa situação didática, não de prescrever regras. Os resultados de pesquisa são complexos e não receituários do tipo "vá e faça". Os professores precisam produzir respostas próprias, mas não inventar o que já se sabe. 

Que competências um professor de língua precisa ter hoje em dia? 
DELIA
  O professor não precisa saber história da leitura ou Sociologia e Antropologia. Mas é indispensável que os processos de formação permitam a ele elaborar situações efetivas de aprendizagem. Insisto nisso porque em geral se encara o docente como profissional da prática. É preciso saber que o trabalho de ensinar é muito difícil. É crucial reconhecer que há um conjunto de saberes específicos a ser dominados e eles são fundamentalmente didáticos. 

Qual é o problema do tempo didático? 
DELIA
  Práticas requerem períodos longos para ser exercidas porque não dependem apenas do conhecimento de regras. Aprende-se a ler por meio de muitas leituras, do conhecimento de diversos autores, de vários setores da cultura escrita etc. Tudo isso depende de jornadas longas. É um processo em espiral, no qual se volta a certos conteúdos sob uma nova perspectiva. Há aspectos que ocorrem simultaneamente e necessitam de diferentes situações para que sejam apropriados. 

A organização de horários nas escolas costuma ser um obstáculo para esse 
aprendizado? 
DELIA
  Sim, mas isso pode ser modificado. Na Argentina, trabalha-se por blocos de 80 minutos, três vezes por semana. O mais difícil de controlar é o longo prazo. Para dar sentido à leitura são necessários projetos que não acabem em um dia. Por exemplo: adota-se por dois meses a atividade de conhecer um autor para se descobrirem o que caracteriza seu estilo, os fios condutores de sua obra etc. Infelizmente, as escolas costumam ensinar fragmentos de saber distribuídos em pequenas parcelas de tempo. 
A ênfase na formação de leitores e produtores de escrita prejudica o ensino da gramática? 
DELIA
  Sim e não. Reserva-se menos tempo à gramática, mas esse conteúdo ganha mais sentido porque, na prática, ele passa a ser reflexão sobre a própria língua. Essa possibilidade permite ao autor distanciar-se de seu texto, pondo-se no lugar do leitor. As noções gramaticais construídas por meio de leitura e escrita são assumidas pelos estudantes como próprias. Do contrário, os conhecimentos se perdem. Todo ano, os professores têm de voltar a ensinar sujeito e predicado porque, usualmente, ensina-se a gramática como se a língua materna fosse algo alheio ao sujeito, não uma tomada de consciência do que já se sabe, embora sem conceituar.
E quanto à ortografia?
DELIA  Quando se escreve para comunicar, e não somente para ser avaliado, o interesse pela ortografia cresce muito. É preciso saber que a escrita e a ortografia têm regras e é conveniente conhecê-las. Todos buscam regularidades. Por isso, é importante apresentar a ortografia como um produto social resultante de uma história, o que leva algumas palavras a ser escritas de um jeito e não de outro.

Que problemas a senhora vê nas atividades habituais de interpretação de texto?
DELIA
  O texto é um conjunto de marcas sobre um papel; alguém deixou ali pensando num sentido e quem lê atribuirá outro, que coincide parcialmente com o primeiro. Quem interpreta o faz em relação ao que sabe. Além disso, entende-se de modos diferentes, segundo o propósito. No caso de um manual de instruções, me aproximo ao máximo do que quis dizer quem o escreveu. Mas, se estou diante de um artigo de jornal no qual procuro algo específico que me interessa, posso ler saltando trechos. As diferentes interpretações não dependem exclusivamente do texto em si. Por isso, não faz sentido fazer perguntas simplesmente sobre o que está escrito ali se elas podem ser respondidas sem uma compreensão verdadeira do texto.

Como a escrita pode ser um instrumento de reflexão sobre o próprio pensamento?
DELIA
  Quando está produzindo, por exemplo, o resumo de um texto, o aluno é obrigado a compreendê-lo mais do que quando apenas o lê. Precisa explicitar aquilo a que se refere e usa a escrita para organizar o que entendeu. Do lado literário, quando alguém produz uma resenha, precisa voltar à obra, com perguntas feitas do ponto de vista do escritor. Há muitas maneiras de aproximar -se de diferentes gêneros e propósitos ao utilizar a escrita como meio de reconstruir o conhecimento.

Quer saber mais?
Ler e Escrever na Escola - O Real, o Possível e o Necessário (128 págs., Ed. Artmed, tels. 51/3027-7000 , para Porto Alegre e região, e 0800-703-3444, para outras localidades, 36 reais)

FONTE: http://revistaescola.abril.com.br/


sexta-feira, 8 de março de 2013

Poesia de Cora Coralina


Dia Internacional da Mulher



História do 8 de março
No Dia 8 de março de 1857, operárias de uma fábrica de tecidos, situada na cidade norte americana de Nova Iorque, fizeram uma grande greve. Ocuparam a fábrica e começaram a reivindicar melhores condições de trabalho, tais como, redução na carga diária de trabalho para dez horas (as fábricas exigiam 16 horas de trabalho diário), equiparação de salários com os homens (as mulheres chegavam a receber até um terço do salário de um homem, para executar o mesmo tipo de trabalho) e tratamento digno dentro do ambiente de trabalho.
A manifestação foi reprimida com total violência. As mulheres foram trancadas dentro da fábrica, que foi incendiada. Aproximadamente 130 tecelãs morreram carbonizadas, num ato totalmente desumano.
Porém, somente no ano de 1910, durante uma conferência na Dinamarca, ficou decidido que o 8 de março passaria a ser o "Dia Internacional da Mulher", em homenagem as mulheres que morreram na fábrica em 1857. Mas somente no ano de 1975, através de um decreto, a data foi oficializada pela ONU (Organização das Nações Unidas).


Objetivo da Data 
Ao criar esta data, não se pretendia apenas comemorar. Na maioria dos países, realizam-se conferências, debates e reuniões cujo objetivo é discutir o papel da mulher na sociedade atual. O esforço é para tentar diminuir e, quem sabe um dia terminar, com o preconceito e a desvalorização da mulher. Mesmo com todos os avanços, elas ainda sofrem, em muitos locais, com salários baixos, violência masculina, jornada excessiva de trabalho e desvantagens na carreira profissional. Muito foi conquistado, mas muito ainda há para ser modificado nesta história.

Conquistas das Mulheres Brasileiras 
Podemos dizer que o dia 24 de fevereiro de 1932 foi um marco na história da mulher brasileira. Nesta data foi instituído o voto feminino. As mulheres conquistavam, depois de muitos anos de reivindicações e discussões, o direito de votar e serem eleitas para cargos no executivo e legislativo.

Marcos das Conquistas das Mulheres na História 

- 1788 - o político e filósofo francês Condorcet reivindica direitos de participação política, emprego e educação para as mulheres.
- 1840 - Lucrécia Mott luta pela igualdade de direitos para mulheres e negros dos Estados Unidos.
- 1859 - surge na Rússia, na cidade de São Petersburgo, um movimento de luta pelos direitos das mulheres.
- 1862 - durante as eleições municipais, as mulheres podem votar pela primeira vez na Suécia.
- 1865 - na Alemanha, Louise Otto, cria a Associação Geral das Mulheres Alemãs.
- 1866 - No Reino Unido, o economista John S. Mill escreve exigindo o direito de voto para as mulheres inglesas
- 1869 - é criada nos Estados Unidos a Associação Nacional para o Sufrágio das Mulheres
- 1870 - Na França, as mulheres passam a ter acesso aos cursos de Medicina.
- 1874 - criada no Japão a primeira escola normal para moças
- 1878 - criada na Rússia uma Universidade Feminina
- 1901 - o deputado francês René Viviani defende o direito de voto das mulheres.
FONTE: site: suapesquisa.com